sábado, 18 de março de 2023

Zahy Tentehar, do povo Tentehar-Guajajara

 



A artista indígena, Zahy Tentehar, do povo Tentehar-Guajajara, que estreia em março como uma das protagonistas da série Cidade Invisível na Netflix, com a personagem Maria Caninana, vai estrear uma exposição/instalação chamada ZEXAKAW, na Galeria do Sesc Copacabana, dia 17 de março de 2023.
Autodidata e multidisciplinar, Zahy vem entrelaçando diálogos inovadores entre suas múltiplas linguagens, questionando ao longo de suas criações o comportamento da humanidade e suas intervenções socioculturais na contemporaneidade. Nascida na reserva indígena Cana Brava, no Maranhão/Brasil, a artista tem como primeira língua, originária do seu povo, o ze’eng eté, assim, todas as suas criações são antes de tudo pensadas e criadas na sua língua original para depois ser traduzida em qualquer outra língua. 
Seu novo trabalho, reconhecido e viabilizado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar 2022/23, chama-se ZEXAKAW, que em português significa espelho. Trata-se de uma instalação artística que entrelaça linguagens plásticas, estéticas e audiovisuais. Para tal, vale ressaltar que neste mês de estreia em que se homenageia as mulheres, a obra conta com uma equipe colaboradora e criativa feminina, potencializando os ideais artísticos contemporâneos da artista Zahy Tentehar: Elaine Rollemberg (sua produtora artística), Doris Rollemberg (cenógrafa) e Fernanda Mantovani (iluminadora). 
ZEXAKAW propõe, como uma de suas experiências, a exibição de uma das obras de videoarte da artista, o filme “Karaiw a’e wá” (Os Civilizados), em que há uma reflexão sobre uma suposta presença civilizada e sua decadência humana. Este filme foi exibido no Museu de Arte Moderna (MAM/RJ) e será exibido em diversos espaços culturais internacionais em 2023, como New Museum/NY, Canal Project/NY, Ulrich Museum of Art/NY, Wichita State University/NY, Stedelijk Museum e Gerrit Rietveld Academie/ Amsterdam. “Karaiw a’e wá” é obra de uma parceria entre a artista e o Selo Candombá, com direção coletiva entre a  artista e os integrantes desta produtora de audiovisual: Daniel Wierman, Marcelo Hallit e Philipp Lavra. 
Imersivo e provocativo, a instalação ZEXAKAW nos apresenta uma reflexão a partir do conceito da palavra espelho e sua relação afetiva histórica com os povos indígenas. Sabe-se que durante a colonização os nativos eram “presenteados” com espelhos por seus colonizadores. A intenção era mostrar-lhes a si mesmos, conduzindo uma reflexão para que o colonizado ao enxergar sua condição e comparar com os colonizadores pudessem acreditar em uma inferioridade de suas condições. Este é um ato racista e cruel, que infelizmente está estruturado na nossa sociedade, sendo mantido até os dias atuais, quando, dentre muitas violências, insistem em acreditar que indígenas são inferiores, não são refinados e nem preparados para ser e estar inseridos dentro de suas próprias terras. 
Ao longo da história, o objeto espelho foi banalizado nesta cultura, mas os impactos se perpetuam na vida dos nativos. Mesmo conscientes da dimensão da violência colonizadora a que foram submetidos, sabendo da distorção das narrativas, principalmente sobre quem são os indígenas, ainda é muito difícil a conquista de um respeito, equidade e reconhecimento devido, sendo necessário haver movimentos em prol de um processo decolonizador.

“Sou uma mulher indígena e artista, sou o resultado do atravessamento em minha identidade de questões originárias e outras criadas e impostas de maneira castradora. Eu estou viva e resisto, mas há em mim sequelas de uma invasão planejada para exterminar minha história, meus antepassados e minha família. Como descendente daqueles que eram “inocentes” ou “puros” e que foram enganados sobre sua imagem lhes devolvo os espelhos como presentes para que se vejam de forma consciente e reflitam sobre o que são e estão sobre suas imagens refletidas neste presente movimento entre passado e futuro. “ Zahy Tentehar

Contudo, por ser o espelho este símbolo significativo para a cultura indígena e um objeto potencial para a apresentação de reflexos diversos, embasa a proposta da obra em propor uma reflexão e inflexão a partir do que se experimenta em coletivo, por uma experiência estética. Assim, ZEXAKAW é  um convite a reconhecer-se como Ser-espelhamento, inserção e reflexo, compositor desta sociedade compreendida como civilizada, a qual se deve o questionamento sobre sua presença e responsabilidade nesta existência.

FICHA TÉCNICA DA EXPOSIÇÃO

ARTISTA E IDEALIZADORA
Zahy Tentehar

DIRETORA E PRODUTORA
Elaine Rollemberg

DIRETORA DE ARTE E PROJETO EXPOGRÁFICO
Doris Rollemberg

CENOTÉCNICA
Tessitura Produções Artísticas

ILUMINADORA
Fernanda Mantovani.



PRODUTORA AUDIOVISUAL  
Filme “Karaiw a’e wá” (SELO CANDOMBÁ; Criação e Direção: Zahy Guajajara, Daniel Wierman, Marcelo Hallit e Philipp Lavra; Direção de Fotografia: Marcelo Hallit; Edição e Cor: Breno BL; Desenho de Som e Trilha Original: Pedro Zopelar; Texto e voz: Zahy Guajajara.)

ASSESSORIA DE IMPRENSA
Maria Fernanda Gurgel 

PROPONENTE
Mariana Villas-Bôas

REALIZAÇÃO SESC - RJ
EDITAL PULSAR

SERVIÇO:

ZEXAKAW
Instalação artística com exibição fílmica

17/03 - 28/05
Terça-feira a domingo, das 10h às 19h 
Galeria do Sesc Copacabana (Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana) 
Telefone: 2548-1088









DEPOIS DE UMA TEMPORADA DE CASA CHEIA EM JANEIRO, A PEÇA “CIRCUNCISÃO EM NOVA YORK”, É CONVIDADA PELO TEATRO BRIGITTE BLAIR A PROSSEGUIR EM CARTAZ EM FEVEREIRO.

 Depois de quase um ano com a casa cheia, “Circuncisão em Nova York”, penúltimo texto do grande autor, diretor e dramaturgo, João Bethencourt, continuará em cartaz no mês do Carnaval sempre às quintas-feiras às 20 h no Teatro Brigitte Blair. Com direção artística de Guilherme DelRio e supervisão de direção de Cristina Bethencourt o espetáculo é uma comédia que contribui para a promoção da difusão e memória da dramaturgia brasileira, da cultura judaica e valorização da temática LGBTQIA+. 

A peça tem como pano de fundo a história de duas filhas de famílias tradicionais judaicas, que são companheiras e resolvem ter um filho via inseminação artificial, sendo que o pai de uma delas, sem saber da homossexualidade da filha e nem do método usado para concepção do primogênito, vibra com a notícia que será avô até descobrir pela esposa, que seu neto Abraãozinho, nascerá via métodos nada normais, segundo ele!

A trama se desenvolve em cenário que remete a uma típica sala de um apartamento de uma família tradicional judaica que reside em Nova York. De forma divertida e leve a peça propõe uma discussão contemporânea sobre a diversidade sexual, tema relevante e polêmico até hoje devido à sociedade conservadora que vivemos. O espetáculo estreou em março de 2022 no Teatro Vannucci e seguiu temporada no Teatro Fashion Mall e depois no Teatro Brigitte Blair e foi notório o espaço que abriu ao público para reflexões sobre a importância em desconstruir o preconceito e respeitar a diversidade, mostrando que o amor deve sobrepor qualquer escolha sexual. 

O elenco é composto por atores com carreiras consolidadas: a atriz convidada Jalusa Barcellos que está comemorando 45 anos de carreira, Sergio Fonta que está completando 50 anos de carreira, além de Narjara Turetta, Rogério Freitas, Irla Carina, Danton Lisboa e Carlos Loffler. 


FICHA TÉCNICA


TEXTO: João Bethencourt


ELENCO: Jalusa Barcellos (Sarah), Narjara Turetta (Miriam), Sergio Fonta (Abraão) Rogério Freitas (Samuel – pai da Emily), Irla Carina (Emily), Danton Lisboa (Ralph) e Carlos Loffler (Rabino). 


DIREÇÃO ARTÍSTICA: Guilherme DelRio.

SUPERVISÃO DE DIREÇÃO: Cristina Bethencourt

FOTÓGRAFO: Rogério Fidalgo

LUZ E SOM: Guilherme DelRio

CENÁRIO E FIGURINO: Augusto Pessoa 

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Maria Fernanda Gurgel



SERVIÇO

“Circuncisão em Nova York”

Em cartaz de 02 de fevereiro até 02 de março de 2023

Teatro Brigitte Blair (Rua Miguel Lemos 51 H – Copacabana) – Tel: (21) 2521-2955

Capacidade: 200 pessoas

Todas as quintas-feiras às 20 h 

Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia).

Vendas na bilheteria do teatro ou pela internet no Sympla.

































O SOM E A FÚRIA DE LADY MACBETH, DE CRISTINA MAYRINK REESTREA EM JANEIRO DE 2023.

 O Som e a Fúria de Lady Macbeth reestreia dia 11 de janeiro de 2023, às 20 horas, no Teatro Glaucio Gill, com direção de Diogo Camargos dentro do Segundo Festival de Monólogos idealizado pela Mancuzo Entretenimentos em parceria com a FUNARJ e o Teatro Glaucio Gill. O texto é o primeiro da atriz e produtora Cristina Mayrink, que fez sua primeira temporada em novembro de 2022 obtendo um excelente retorno do público e dos críticos / Selo de Qualidade O Teatro Me Representa 2022, dado pelo crítico Gilberto Bartholo. Inspirado na famosa personagem de Shakespeare. O monólogo inédito e escrito em tom de paródia aborda com humor sarcástico e debochado questões essenciais da nossa condição humana como poder, ambição desmedida e maldade. Na sua verborragia e barroquice Lady Macbeth escancara suas verdades e dialoga com seus fantasmas nos confrontando e nos devolvendo ao nosso buraco de ambiguidades. “O belo é podre e o podre é belo”. Sua vilã cômica atravessa os séculos e aporta antropofagicamente no Brasil contemporâneo. 

SOBRE A ATRIZ

Atriz formada pela CAL – CASA DAS ARTES DE LARANJEIRAS em 1991, integrou a Cia Os Fodidos Privilegiados, criada por Antônio Abujamra, por vinte anos, onde atuou em diversos espetáculos como Édipo Unplugged, Escravas do Amor e Comédia Russa, dirigidos por João Fonseca. Criou a Mayrink Produções a partir do desejo de produzir e realizar projetos artísticos autorais no teatro e no cinema. Idealizou, roteirizou, produziu e atuou nos espetáculos: Esta Língua será da alma para a Alma; Aberrações, uma cult-comédia, direção de João Fonseca; Quem de Mim você quer, direção de Isabel Cavalcante; De mim que tanto falam, direção de Paula Sandroni e João Fonseca / PRÊMIO FUNARTE DE TEATRO MYRIAM MUNIZ 2007; A Dama do Mar, direção de Isabel Cavalcante / VENCEDOR DO FOMENTO 2016 e Marguerite, mon amour, direção de Patrícia Niedermeier e Cavi Borges.


FICHA TÉCNICA

Idealização, dramaturgia e atuação: CRISTINA MAYRINK

Direção: DIOGO CAMARGOS

Figurino: LETÍCIA BIROLLI

Criação da luz e do som: DIOGO CAMARGOS e FRANCISCO HASHIGUCHI

Operador de som: CAMILA CAMARGOS

Operador de luz: PEDRO DOMINGOS 

Fotos de cena: NANDO MACHADO

Assessoria de Imprensa: MARIA FERNANDA GURGEL (21) 99999-9263


SERVIÇO

Nome do Espetáculo: O SOM E A FÚRIA DE LADY MACBETH

Local: TEATRO GLAUCIO GILL - Praça Cardeal Arcoverde s/ nº Copacabana - ao lado do Metrô Arcoverde

DATAS: 11, 18 e 25 de janeiro e 01, 08 e 15 de fevereiro (sempre às quartas-feiras)

HORÁRIO: 20 h

DURAÇÃO: 60 minutos

INGRESSOS: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia entrada)